sábado, 13 de junho de 2015

Parada de Lucas na Década de 1950.

O nome se refere a José Lucas de Almeida, um próspero agricultor, com lavoura entre Cordovil e Vigário Geral, que morreu aos 94 anos de idade. 

Nas suas terras, quando da implantação da Estrada de Ferro Leopoldina (antiga Estrada de Ferro Norte), José Lucas doou local para uma parada de trens, que, em 1949, tornou-se a estação Parada de Lucas.

Naquela época só existia um lugar onde obter água potável: eram as “três bicas”, e os moradores atravessavam a Avenida Brasil para utilizá-las.

No governo Washington Luís, o bairro foi cruzado pela antiga Estrada Rio-Petrópolis, correspondendo à atual Avenida Bulhões Marcial. Ao longo da Avenida Brasil, construída em 1946, foram instaladas indústrias, como o Parque Gráfico da antiga Editora Bloch, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No bairro de Parada de Lucas fica a Paróquia de São Sebastião de Parada de Lucas, originada de uma capelinha de madeira erguida em 1937 e que seria substituída, em 1940, por uma capela de alvenaria, que teve, mais tarde, em 1958, o acréscimo de uma torre do campanário.

A principal agremiação carnavalesca é o GRES Unidos de Lucas, resultante da fusão das Escolas de Samba “Aprendizes de Lucas” e “Unidos da Capela” (Campeã em 1950 e 1960), ocorrida em 1966, sendo chamada de “A Galo de Ouro da Leopoldina”.

Entre a linha férrea, a Avenida Brasil e a Área Militar da Marinha, fica a grande comunidade do Parque Jardim Beira-Mar, Parada de Lucas ou Conjunto Rádio Nacional, cuja ocupação começou em 1931 com a chegada de pessoas que moravam no morro da Caixa d’Água. 

A expansão se deu em 1965 com a chegada de moradores do “Morro da Titica” (atual Cidade Alta) além das pessoas afetadas pelas remoções das favelas da Zona Sul, o que contribuiu para a ampliação da comunidade, que aproveitava o despejo de entulhos de obras para aterrarem os alagadiços vizinhos, construindo novas moradias.

Prefeitura do Rio de Janeiro.
Foto: Aspecto da favela de Parada de Lucas na Avenida Brasil na década de 1950.
Autoria: Gilson Costa/IBGE.

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