sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Antigas Propagandas do Jornal Carioca O Correio da Manhã 1950 - Parte II

O Correio da Manhã foi um periódico brasileiro, publicado no Rio de Janeiro, de 1901 a 1974. Fundado por Edmundo e Paulo Bittencourt, vangloriava-se por dar ênfase à informação em detrimento da opinião.

Caracterizou-se por fazer oposição a quase todos os presidentes brasileiros no período, razão pela qual foi perseguido e fechado em diversas ocasiões, e os seus proprietários e dirigentes, presos.

Foi em sua redação que o escritor carioca Lima Barreto se inspirou para compor as peripécias jornalísticas do personagem Isaías Caminha na obra "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", o que tornou o autor em "persona non grata" ao periódico e seus redatores.

Ali também trabalharam Otto Maria Carpeaux, Ledo Ivo, Renard Perez, Antônio Callado, Carlos Drummond de Andrade, Márcio Moreira Alves, Holoassy Lins de Albuquerque, Vicente Piragibe, e o influente crítico Antônio Moniz Vianna, entre outros.

O Correio da Manhã não sobreviveu ao regime militar instalado após o golpe de 1964 no país, por ser um feroz opositor do governo. Acabou sendo asfixiado pela prisão de sua proprietária Niomar Moniz Sodré e principais redatores, e por falta de verbas publicitárias, quadro causado pela pressão do governo militar.

Hermano de Deus Nobre Alves fez parte do grupo de jornalistas que, na redação do periódico, resistiu ao golpe militar de 1964, ao lado de nomes como Carlos Heitor Cony, Otto Maria Carpeaux, Edmundo Moniz, Newton Rodrigues.

Em 14 de outubro de 1966, foi publicada uma crônica de Carlos Drummond de Andrade sobre a música "A Banda" de Chico Buarque, em tom de crítica ao governo militar da época.


Fonte: Wikipédia










Antigas Propagandas do Jornal Carioca O Correio da Manhã 1950 - Parte I

O Correio da Manhã foi um periódico brasileiro, publicado no Rio de Janeiro, de 1901 a 1974. Fundado por Edmundo e Paulo Bittencourt, vangloriava-se por dar ênfase à informação em detrimento da opinião.

Caracterizou-se por fazer oposição a quase todos os presidentes brasileiros no período, razão pela qual foi perseguido e fechado em diversas ocasiões, e os seus proprietários e dirigentes, presos.

Foi em sua redação que o escritor carioca Lima Barreto se inspirou para compor as peripécias jornalísticas do personagem Isaías Caminha na obra "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", o que tornou o autor em "persona non grata" ao periódico e seus redatores.

Ali também trabalharam Otto Maria Carpeaux, Ledo Ivo, Renard Perez, Antônio Callado, Carlos Drummond de Andrade, Márcio Moreira Alves, Holoassy Lins de Albuquerque, Vicente Piragibe, e o influente crítico Antônio Moniz Vianna, entre outros.

O Correio da Manhã não sobreviveu ao regime militar instalado após o golpe de 1964 no país, por ser um feroz opositor do governo. Acabou sendo asfixiado pela prisão de sua proprietária Niomar Moniz Sodré e principais redatores, e por falta de verbas publicitárias, quadro causado pela pressão do governo militar.

Hermano de Deus Nobre Alves fez parte do grupo de jornalistas que, na redação do periódico, resistiu ao golpe militar de 1964, ao lado de nomes como Carlos Heitor Cony, Otto Maria Carpeaux, Edmundo Moniz, Newton Rodrigues.

Em 14 de outubro de 1966, foi publicada uma crônica de Carlos Drummond de Andrade sobre a música "A Banda" de Chico Buarque, em tom de crítica ao governo militar da época.


Fonte: Wikipédia










Os cantos de victoria de Sua Magestade El-Rei Mômo - 1920



Carnaval Carioca de 1920


Sua Magestade Mômo ahi vem, doirado e barulhento, abrindo um parenthesis de alegria na tristeza diuturna,



Tilintam guizos. afinam-se gargantas, e encordoam-se violões e cavaquinhos e a mocidade sorri, em alvoroço, correndo jovialmente para as baralhas de confeti. A cidade ja extremece. presentindo o deliro dos tres dias gloriosos.


É o Carnaval!


As gazêtas abrem columnas para saciar a curiosidade dos subditos ardorosos de um Rei que firmou esplendidamente o seu reinado na mais republicana das republicas. Nós todos que mal nos apercebemos da vida que passa, vertiginosa, á approximação do obeso soberano corremos ao seu encontro, devotados e submissos. Nessa submissão está a perfeita li berdade para o seu ephêmero predominio, que desperta os somnolentos e alerta os desalentados. Para muita gente o amno começa no sabbado gordo Quando, aos pinchos e aos berros de entusiasmo, se dá entrada a Sua Magestade. Na quarta feira de cinzas quasi silenciosa, Com o corpo a pedir Tres noites de descanso. tdo o mundo murmura o “até para o amno.. Os mezes que continuam não pagam a pena de urna referencia. São mais alguns milhares de horas para o trabalho e o sacrifício, neste chão áspero.


E o Carnaval de 1920 que programma traz?


O mistério de Mômo ja foi organizado com a sabedoria tradicional. A acção em todas as pastas é rigorosa. Peleja-se tom heroicidade de bairro em bairro, havendo em cada alma o jubilo mais forte e o riso mais sonoro cm cada bocca. 
Não tarda a descerrar-se o oasis de sinceridade no deserto da hypocrisia nacional. O conselheiro não chegou a dizer, mas dizemos nós com o poeta


--- Que a vida não fora uma forçada,
e não teria tanto fingimento
Se toda a gente andasse mascarada.


É uma verdade,lá isso é, e das melhores — das que se sentem e guardam avaramente.


Preparam.se. ao mesmo tempo.as demonstrações de força através da arte e da graça. Mercê da tenacidade dos clubs que arrastam o mau humor e a carantonha da Crise. Muito bem! Assim é que deve ser, em homenagem ás theorias de Sua Magestade.


Mas a nota admirarei, a grande nota predominante que harmonisa e eletririsa o reinado, suspendendo-o ao oitavo céo, é a musica tio brazileira, que sacóde e que alvoroça.
 Os creadôres dessa maneira de expansão da alma popular não esqueceram o instante de victoria. Evocaram toda a belleza sentimental e toda a ardencia do tropico, em bamboleios e requebros. para a passagem triumpitante do carnaval...


É o Carnaval

Transcrito na íntegra, sem correções ortográficas, da Revista Careta de 7 de Fevereiro de 1920.







segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Um Grito de Alarme na Copacabana de 1926

Ruas sem limpeza. aguas estagnadas, grama alta, lixo ...

Abandonada, sem o interesse e o carinho que merecem a, cousas publicas, como se fossem réstuilius, vemos certas ruas de Copacabana — o bairro do bom tom da cidade mais culta da America Meridional.

Sendo isto, infelizmente, dolorosa verdade, attestada de visu por nós e pelos que quiserem dar pequeno passeio de inspecção á cidade, resolvemos soltar o nosso grito de alarma, valendo como protesto energico, estas linhas que serão lidas pelos que desejam tambem o nosso progresso.

Como se entregar á sua sorte, ao léo, á indifferença criminosa, uma grande porção da cidade e na parte em que é ella mais visitada?


Copacabana, o salão magestoso do Rio de Janeiro, constitue o fundo de um quadro unico, de esthetica impressionante e excepcional.

Será admissivel a falta de limpeza, os buracos, as aguas estagnadas , a grama alta, o lixo, a absoluta carencia de hygiene que notadas em certas ruas deste bairro?

Depois, como se estivessemos nos langinquos sertões mattogrossenses, ou nas praias barrentas acreanas, vêem-se, a solta cavallos, cabras, cães, galinhas. gozando as delicias da liberdade  e infeccionando a atmosphera, deixando, no percurso que fazem, vestigios inequivocos e nojentos de que são a cauza — as franquias de que gozam, por parte doa agentes da Prefeitura.

 
Dizem que atravessamos época morbida, falla-se da varíola, da escarlatina, etc. Estando numa transição de estação, como não se ponderar tudo isto.

Não pagamos impostos, não somos, todos nos, contribuintes das rendas que, em globo, são bem vultuosas na receita municipal? Onde se esgotam as energias mondarias, a renda das taxas que pagamos?

Clamando contra taes anomalias vem de ha muito o Beira-Mar — vigia incondicional da vida e da propriedade urbanas.

Na praça Cardeal Arcoverde, na rua Barata Ribeiro, pouco adiante da ladeira do Leme e nas circumvizinhanças da Chacrinha existe mais lixo do que na Sapucaia. Exaggeramos?! Não. A época é doentia, de febres de mão caracter, não convem confiar demasiado na pureza benefica, natural do nosso clima, de nossas praias. E uma onça de prevenção vale arroubas de curas ou de medica-mentos em appIicacão.

 
Previnamo-nos contra os miásmas deleterios que possam entrar no ar que respiramos; a poeira, as aguaa estagnadas, a lama, os mosquitos são fócos de molestias, de luto e de tristezas.

Senhores da Hyglene, em prol da cidade, em memoria do vulto sagrado que foi Oswaldo Cruz — um pouco de attenção aos bairros da cidade que vive attonita e apprehensiva diante da inercia criminosa da Saude Publica.

Texto reproduzido na íntegra, sem correção ortográfica, mantendo-se a grafia da época

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Um Pouco do Rio de Janeiro de 1908 - Imagens da Revista Careta - Parte III

Careta foi uma revista humorística brasileira que circulou de 1908 a 1960. 

Periódico de excelente padrão gráfico e editorial, foi fundado por Jorge Schmidt e teve entre seus colaboradores alguns dos melhores chargistas do país, como Raul e J. Carlos (diretor e ilustrador exclusivo da revista até 1921)













Um Pouco do Rio de Janeiro de 1908 - Imagens da Revista Careta - Parte II

Careta foi uma revista humorística brasileira que circulou de 1908 a 1960. 

Periódico de excelente padrão gráfico e editorial, foi fundado por Jorge Schmidt e teve entre seus colaboradores alguns dos melhores chargistas do país, como Raul e J. Carlos (diretor e ilustrador exclusivo da revista até 1921)