segunda-feira, 29 de junho de 2015

A primeira Miss Universo Brasileira - Yolanda Pereira em 1930.

Numa publicação do Suplemento Ilustrado do Jornal Carioca A Noite de Maio de 1930, portanto há, exatos 85 anos atrás, deslumbramos uma imagem singela e bastante interessante.

Estamos em 1930 e temos duas capas do Suplemento Ilustrado do Jornal Carioca A Noite com uma bela homenagem Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil 1930 e que seria escolhida Miss Universo 1930, num concurs0 extra oficial.

Conheça um pouco dessa história ==> Yolanda Pereira (Pelotas, 16 de outubro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2001) foi a primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo, em 1930, embora este título não seja reconhecido oficialmente pela Miss Universe Organization nem tenha qualquer ligação com ele.

A história do título vem da década de 1920, quando existia um concurso internacional de beleza nos Estados Unidos chamado International Pageant of Pulchritude (Desfile Internacional de Beleza) e concedia o título de "Miss Universo" à vencedora.

Esta edição de 1930 foi realizada paralelamente no Brasil, criada por brasileiros, ao mesmo tempo da edição norte-americana, que era realizada em Galveston, no Texas. 

Ele foi motivado por uma revolta de brasileiros com a não-classificação de Olga Bergamini, a brasileira participante do concurso de 1929, o que os levou a criar seu próprio evento.

Este concurso, assim como o de Galveston, porém, não faz parte das estatísticas, não é oficializado pelo Miss Universe Organization, nem tem qualquer relação com ele.

Oficialmente o Brasil possui apenas duas Misses Universo (assim como os EUA só 
possuem oito),4 Ieda Maria Vargas em 1963 e Martha Vasconcellos, eleita em 1968.
 

O Concurso

A primeira etapa das conquistas de Yolanda , o título de Miss Pelotas, foi conquistado através do sufrágio popular, tendo ela sido a candidata mais votada, com 4.202 votos.

Em Porto Alegre, concorrendo com as demais candidatas, sagrou-se Miss Rio Grande do Sul, em concurso patrocinado pelo extinto jornal Diário de Notícias.

Na então capital federal, o Rio de Janeiro, embora não alimentasse esperanças de vitória, ela foi escolhida como a Miss Brasil.

O concurso internacional, à parte do de Galveston, foi realizado no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, com o nome de International Beauty Contest. 

O país tinha seus jurados em desvantagem, e o resultado final estava na dependência dos jurados europeus, sendo que a favorita era a Miss Portugal. Mas a escolhida foi Yolanda. 

Em agosto de 1930 (algumas fontes indicam o dia 7 de setembro) Yolanda foi proclamada "Miss Universo". O parecer da comissão julgadora levou em conta quesitos como beleza, graça, equilíbrio, proporção, formas e distinção. 

Os jurados também estiveram atentos ao tipo étnico e à visão do conjunto.
O promotor do concurso era o vespertino carioca A Noite, a quem Yolanda concedeu a primeira entrevista, falando de sua surpresa pelo resultado. 

Disse que não esperava, que não alimentava tal ambição, e que apenas se preocupava com o desejo de desempenhar da melhor maneira possível o papel de Miss Brasil.

Yolanda morreu com 90 anos, no Rio de Janeiro.

Recordar é Viver e se Emocionar...

Esse não é o Rio de Janeiro Antigo. Esse é a nosso BRASIL Maravilhoso de Sempre.




sexta-feira, 19 de junho de 2015

Avenida Rio Branco n'um Sabbado a tarde - Revista Fon Fon Março de 1913

Numa publicação da Revista Fon Fon de Março de 1913, portanto há, exatos 102 anos atrás, deslumbramos uma imagem original e bastante interessante.

Temos a Avenida Rio Branco n'um Sabbado a tarde, como grafada na época.

Percebemos que a avenida era tomada pelo público e os raros automóveis e outros veículos precisavam pedir licença.

Essa foto era inédita para mim. Apresentei duas versões da mesma fotografia, uma envelhecida digitalmente e outra na cor original apresentada na revista.

Recordar é Viver e se Emocionar...

Esse é o Rio de Janeiro Antigo. Essa é a nossa Cidade Maravilhosa de Sempre.



terça-feira, 16 de junho de 2015

Passeio dos Alunos do Colégio Abilio em 1909 pela Revista Fon Fon.

Abílio César Borges, Barão de Macaúbas  o Fundador do Colégio Abilio

Pedagogo e médico brasileiro nascido no município baiano de Rio de Contas, antigo Minas do Rio de Contas, um dos precursores do livro didático brasileiro. Formou-se em medicina no Rio de Janeiro, RJ, onde se doutorou (1847). 


De volta à Bahia, como diretor da instrução pública estadual, trocaria a carreira médica pela atividade de educador e fundou em Salvador o Ateneu Barrense e o Ginásio Baiano (1858), em Salvador, responsável pela formação de grandes personalidades como Castro Alves (1847-1871) e Rui Barbosa (1849-1923).

Novamente mudando-se para o Rio de Janeiro, RJ (1871), onde ficou até sua morte, fundou o Colégio Abílio, retratado pelo escritor Raul Pompéia (1863-1895) em O Ateneu (1888), e dez anos depois outro, com o mesmo nome, na cidade mineira de Barbacena. 



Por suas contribuições na área educacional, recebeu o título de barão de Macaúbas (1881) por decreto imperial, concedido por D. Pedro II (1825-1891).

Revolucionou o ensino brasileiro, tornando-se uma das suas mais expressivas personalidades. Também ganhou fama por sua luta pela abolição dos castigos físicos nas suas escolas e fazendo-as modelo para instituições similares no restante do país. 



Expôs suas idéias pedagógicas no volume Lei nova do ensino infantil (1884). Foi professor de Luís Edmundo, Castro Alves, Raul Pompéia e Rui Barbosa, entre outros.

 

sábado, 13 de junho de 2015

Parada de Lucas na Década de 1950.

O nome se refere a José Lucas de Almeida, um próspero agricultor, com lavoura entre Cordovil e Vigário Geral, que morreu aos 94 anos de idade. 

Nas suas terras, quando da implantação da Estrada de Ferro Leopoldina (antiga Estrada de Ferro Norte), José Lucas doou local para uma parada de trens, que, em 1949, tornou-se a estação Parada de Lucas.

Naquela época só existia um lugar onde obter água potável: eram as “três bicas”, e os moradores atravessavam a Avenida Brasil para utilizá-las.

No governo Washington Luís, o bairro foi cruzado pela antiga Estrada Rio-Petrópolis, correspondendo à atual Avenida Bulhões Marcial. Ao longo da Avenida Brasil, construída em 1946, foram instaladas indústrias, como o Parque Gráfico da antiga Editora Bloch, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No bairro de Parada de Lucas fica a Paróquia de São Sebastião de Parada de Lucas, originada de uma capelinha de madeira erguida em 1937 e que seria substituída, em 1940, por uma capela de alvenaria, que teve, mais tarde, em 1958, o acréscimo de uma torre do campanário.

A principal agremiação carnavalesca é o GRES Unidos de Lucas, resultante da fusão das Escolas de Samba “Aprendizes de Lucas” e “Unidos da Capela” (Campeã em 1950 e 1960), ocorrida em 1966, sendo chamada de “A Galo de Ouro da Leopoldina”.

Entre a linha férrea, a Avenida Brasil e a Área Militar da Marinha, fica a grande comunidade do Parque Jardim Beira-Mar, Parada de Lucas ou Conjunto Rádio Nacional, cuja ocupação começou em 1931 com a chegada de pessoas que moravam no morro da Caixa d’Água. 

A expansão se deu em 1965 com a chegada de moradores do “Morro da Titica” (atual Cidade Alta) além das pessoas afetadas pelas remoções das favelas da Zona Sul, o que contribuiu para a ampliação da comunidade, que aproveitava o despejo de entulhos de obras para aterrarem os alagadiços vizinhos, construindo novas moradias.

Prefeitura do Rio de Janeiro.
Foto: Aspecto da favela de Parada de Lucas na Avenida Brasil na década de 1950.
Autoria: Gilson Costa/IBGE.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

As Pastorinhas do Rio de Janeiro no Bairro da Piedade em 1910.

As Pastorinhas foram introduzidas no Brasil pelos jesuítas no século XVI.

Esse bailado folclórico de origem portuguesa compõe-se de representações coloridas e movimentadas com cantos e danças dramatizados  principalmente por moças.

O enredo principal seria a visita dos pastores, no caso do bailado, em sua maioria "pastoras", que seguem a Belém com o intuito de homenagear o menino Jesus, por isso a maior incidência de representações tem as festas natalinas por referência.

Câmara Cascudo, ao inserir o verbete “pastorinha”, o remete ao “pastoris” onde aponta que “em Pernambuco e no Nordeste em geral, os pastoris são cordões, feitos em geral aos sábados, do Natal até as vésperas de carnaval, indo as pastoras divididas em duas filas paralelas: uma chamada cordão azul e outra cordão encarnado”. 




Outra informação importante é de que a “inclusão do nome ‘cordão’ no pastoril denuncia a influência poderosa da dança e música profana”ao bailado.

Sobre as alterações ocorridas o referido autor descreve que “os pastoris foram evoluindo para os autos, pequeninas peças de sentido apologético, com enredo próprio, divididos em episódios, que tomavam a denominação quinhentista de ‘jornada’”.

Assim sendo esse bailado natalino foi se difundindo pelo Brasil afora e teve grande difusão no Nordeste e Sudeste do Brasil devido à atuação da Companhia de Jesus. Mesmo depois da expulsão dos Jesuítas,  com o passar dos anos,  o  bailado  foi  se adaptando aos contextos em que ia se inserindo.

As moças da comunidade escolhidas para participar do entrecho se distribuem entre o cordão vermelho e o cordão azul, assim como os demais personagens (Fé, Esperança, Caridade, Cigana, Anjo, Diana e Religião); aos homens cabem os papéis de Simão (o velho), Benjamin (o menino) e Luzbel (o capeta).

As Pastorinhas acabam por representar o momento de apresentação das meninas à comunidade, um verdadeiro rito de passagem, onde a dança e a música servem de suporte à tradição local.










O Aniversário do Clube de Engenharia na Revista Fon Fon de 1914.

O Clube de Engenharia do Rio de Janeiro é uma entidade brasileira que reúne engenheiros e técnicos, além de outros sócios, do estado do Rio de Janeiro e de outros estados, e trata de questões relativas aos grandes temas nacionais, e, ainda, de temas profissionais, dentro das diversas áreas da engenharia, bem como a edição de publicações voltadas para o setor técnico.

Fundada em 24 de dezembro de 1880, por Conrado Jacó de Niemeyer, teve relevância em diversas decisões políticas e técnicas no Brasil, como a libertação dos escravos, a nacionalização do Petróleo e a criação da Petrobrás, a política energética do Brasil, a campanha das Diretas Já e a Transposição do rio São Francisco.


 
Em 1925, no seu auditório principal recebeu um grande público para assistir à Palestra do famoso cientista Albert Einstein sobre a Teoria da Relatividade. Einstein recebeu, ainda, o Título de Sócio-Honorário. Muitos outros eventos importantes ali ocorreram durante estes muitos anos de existência.

Durante trinta anos (1903 – 1933) o Clube de Engenharia foi dirigido pelo engenheiro André Gustavo Paulo de Frontin, que também foi Prefeito do Rio de Janeiro, Senador da República e, após a sua morte, intitulado Patrono da Engenharia Brasileira.




Foram ainda presidentes ilustres: Maurício Joppert da Silva, Saturnino de Brito Filho, Hélio de Almeida, Agostinho Guerreiro, Francis Bogossian, dentre outros.

É, historicamente, a mais antiga sociedade de engenheiros da América Latina, ainda em funcionamento.

O Pavilhão de Regatas na visão da Revista Fon Fon de 1907.

O Rio de Janeiro é uma cidade reconhecida mundialmente pela beleza exuberante de sua natureza, de suas praias, lagoas e montanhas. Essa é uma de suas imagens mais difundidas: a Baía de Guanabara, o Corcovado e o Pão de Açúcar em plena harmonia.

Foi nesse cenário majestoso que uma das mais importantes práticas esportivas viveu seu auge: o remo.





As primeiras provas náuticas foram realizadas já na década de 1850. Além de esporádicas, as regatas ocorriam nas praias mais próximas da região central, entre as quais a Praia de Santa Luzia.

Na década final do século XIX, o esporte náutico já se tornara uma das principais diversões da cidade: muitos clubes já estavam organizados e as regatas, realizadas com maior frequência na Praia de Botafogo, mobilizavam grande público de todos os estratos sociais.

É nos primeiros anos do século XX que o remo será considerado como uma das estratégias para celebrar a cidade que estava em plena mudança. Um dos responsáveis por isso foi exatamente aquele que liderava o processo de reformas urbanas, Pereira Passos, prefeito plenipotenciário nomeado por Rodrigues Alves.



O remo vinha se configurando como um esporte que exaltava as noções de progresso, de saúde, de higiene, adotado pela burguesia urbana como um dos símbolos de um país moderno que desejava-se construir. O corpo e os gestos de seus praticantes simultaneamente assustavam e fascinavam uma população ainda não acostumada a esses modelos e a tal grau de exibição.

Passos, percebendo o quanto as regatas se adequavam simbólica e materialmente às reformas “civilizatórias” que implementava, passou a, de diversas formas, apoiar as agremiações náuticas.



Foi em 1905 que concedeu aos clubes de remo uma de suas solicitações mais antigas: no contexto da construção da Avenida Beira-Mar, a instalação de um espaço permanente para a realização das competições – o Pavilhão de Regatas, na Praia de Botafogo, na altura das ruas D. Carlota e São Clemente.

Na foto de Augusto da Malta (de 1906, disponível em http://fotolog.terra.com.br/luizd:935), vemos o Pavilhão em um dia de regatas. Dele (ou de barcos fundeados na Baia, que também podem ser vistos na imagem) assistiam às provas os sócios de clubes e/ou pessoas pertencentes à elite. Já o grosso da população, como podemos ver na imagem, se espalhava pela murada da Praia.




Mais do que servir somente às regatas, até mesmo por estar situado em um local com bela e aprazível vista, o Pavilhão rapidamente transformou-se em um centro de divertimentos para as elites. 


Construído em ferro, no estilo eclético, com coretos para duas bandas de música, duas arquibancadas no térreo, espaço para o buffet, já em 1906 estava dotado de luz elétrica (o que permitia que funcionasse até a madrugada) e inaugurara um bar com orquestra, uma casa de chá, além de oferecer excursões de barco pela Baía de Guanabara.

A Praia de Botafogo foi um dos locais mais esportivos da cidade.










O Jockey Club visto pela Revista Fon Fon de 1907.

Um manifesto publicado, sem assinaturas, no “Jornal do Commercio” de 6 de março de 1847 foi o início da edificação do turfe no Rio de Janeiro. Dele originou-se a criação do “Club de Corridas” , uma sociedade anônima , com capital de quarenta contos de réis , que adquiriu um terreno alagadiço, entre São Francisco Xavier e Benfica, nas cercanias da cidade . 
 

Ali instalou o “Prado Fluminense”, primeiro hipódromo do Rio de Janeiro. A empresa sobreviveu pouco mais de três anos e o Major João Guilherme Suckow, um de seus inspiradores, reembolsou os demais acionistas, tornando-se o possuidor de seu patrimônio imobiliário.


O Club de Corridas patrocinou uma única reunião no Prado Fluminense, no dia 1° de novembro de 1850, cujo programa foi publicado na imprensa na mesma data. Dias antes havia sido divulgado o regulamento que chama a atenção pelas curiosidades, entre as quais o artigo oitavo, que proibia o comparecimento de pessoas descalças e sentenciava à morte qualquer cachorro que aparecesse no hipódromo. 

 

O vencedor do primeiro páreo formal no Rio de Janeiro foi o animal “Malacarinha”, pertencente ao Sr.Manoel da Rocha Maia, montado pelo jóquei D.Thomas, que envergava “jaqueta e boné azul escuro”. Em 16 de Maio de 1869, o Jockey Club realizou sua primeira reunião. Estiveram presentes o Imperador D.Pedro II , D. Thereza Christina e cerca de 4.000 pessoas.


O primeiro e o quinto páreos foram ganhos pelo animal “macaco”, de criação e propriedade do Comendador Francisco Pinto da Fonseca Telles, Barão de Taquara. Ele havia sido membro da primeira diretoria do extinto Club de Corridas e seu haras era localizado em Jacarepaguá, nas cercanias do Rio de Janeiro.

 


Fundadores do Jockey Club:

- Conde de Herzberg - Felisberto Paes Leme - Fernando Francisco da Costa Ferraz
- João Guilherme Suckow - Joaquim José Teixeira - Henrique Germack Possolo
- Henrique José Teixeira - Henrique Lambert - Henrique Moller - Luiz de Suckow

O Jockey e o Derby Club mantinham um acordo para efetuar corridas em datas alternadas, de modo que as reuniões de um não prejudicassem as do outro. O sucesso do Hipódromo da Gávea não vinha sendo suficiente para saldar as dívidas contraídas para sua construção. Assim o Jockey Club deliberou passar a realizar carreiras todos os domingos rompendo um acordo com o Derby Club.

Em dezembro de 1930 tal decisão foi comunicada e várias “démarches” encetadas, mas não foi possível um acordo e os dois clubes passaram a competir. A preferência dos turfistas pela Gávea asfixiou o Prado Itamaraty. Após um ano de confabulações, a fusão das duas sociedades foi pactuada em janeiro de 1932. As assembléias que consubstanciaram a união realizaram-se em 23 e 24 de maio do mesmo ano. Estava fundado o Jockey Club Brasileiro.




O ano de 1932 marca o nascimento do Jockey Club Brasileiro, sob a condução de Linneo de Paula Machado, e o início de uma escalada do turfe, no Rio de Janeiro, que perdura por três décadas. A reunião inaugural do novo Jockey Club Brasileiro, nascido da fusão do Derby e do Jockey Club Brasileiro, nascido da fusão do Derby e do Jockey Clubes, foi realizada em 29 de maio de 1932, no Hipódromo da Gávea.

( Texto do livro - Jockey Club Brasileiro 130 anos, de Ney Carvalho )




domingo, 7 de junho de 2015

Festa da Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda no bairro da Freguesia na Ilha do Governador em 1914

Numa publicação da Revista Fon Fon de 1914, portanto há, exatos 101 anos atrás, deslumbramos três imagens bastante interessante e confesso ainda não conhecia.

Temos três momentos da Festa da Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda no bairro da Freguesia na Ilha do Governador.

O interessantes dessas imagens é que são muito raras as fotografias da Ilha do Governador nos Anos iniciais do Século XX

Leia Mais sobre essa igreja, ainda de pé na Freguesia. ==> 


A paróquia de Nossa Senhora da Ajuda foi criada em 1710 pelo Bispo do Rio de Janeiro, D. Francisco de S. Jerônimo.
Esta primeira igreja posteriormente foi incorporada ao cemitério local, sendo então construída pelo Padre Pedro Nunes Garcia, no local da atual, um outro templo que embora inaugurado em 23 de dezembro de 1743, foi concluído somente em 1754.

Uma ampliação na parte posterior do prédio foi incorporada em 1811. Em 1871 um incêndio destruiu quase que totalmente a igreja, restando de pé apenas as paredes externas. A reconstrução levou quase dois anos, terminando em 1900, aproveitando-se a estrutura original.


Com a construção de uma igreja maior, localizada do lado esquerdo da antiga (ou seja: a direita da foto) em 1976, as atividades litúrgicas passaram para o novo prédio. No entanto algumas celebrações ainda são realizadas na igreja antiga.

O cemitério que se localizava à direita da foto, funcionou no local até janeiro de 1904, quando foi transferido para o bairro da Cacuia.

A esquerda da igreja fica um pequeno adro e sobre este o campanário, de fácil acesso pela parte externa. Na década de 50, por algumas vezes, vindo dos bailes do Jequiá, um grupo de rapazes fazia tocar o sino, lá pelas 5 da manhã, acordando os atônitos moradores da vizinhança.

Esse é o nosso Rio de Janeiro Antigo. Essa é a nossa Cidade Maravilhosa desde sempre.