sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A Obra de Augusto César Malta de Campos, o Fotógrafo Malta - Parte II

A obra de Augusto César Malta de Campos, o fotógrafo Malta, é estimada em mais de 30 mil fotografias. Quase todas elas registram mais de meio século da vida do Rio de Janeiro, pois Malta fez da vida carioca o grande motivo do seu trabalho.


Ao fotografar o Rio, fotografou o carnaval. Um carnaval que hoje não existe mais em razão das Modificações que a cidade vem experimentando através dos anos.


Malta manifestava uma grande preferência por uma forma carnavalesca muito cultivada até meados da década de 40: O Corso. 

                                                                                


Era a forrna encontrada pelas famílias de classe média para se divertirem e se exibirem no carnaval. Reuniam grupos fantasiados, geralmente com fantasias idênticas, cobriam os automóveis de confete e serpentina e percorriam a cidade em marcha lenta. 


Era urna forma carnavalesca de tanto prestigio que, em 1935, quando os dirigentes das escolas de samba pediram a Alfredo Pessoa, responsável pela então Diretoria da Prefeitura do Distrito Federal, para fazer o desfile das escolas na avenida Rio Branco, não foram atendidos. 



— O lugar de vocês sempre foi a praça Xl. A avenida Rio Branco é reservada para os corsos — foi a resposta de Alfredo Pessoa.



Bastariam as fotografias dos corsos para que essa exposição fosse de substancial importância histórica. Mas o nosso Malta (1864-1957) registrou também os tipos individuais de rua, aspectos da cidade e até um banho de mar à fantasia realizado na praia das Flechas, em Niterói, onde, aliás, residia.



Se alguma falha existe na maravilhosa obra de Augusto Malta é a ausência de fotografias do carnaval mais popular, realizado nos subúrbios ou no centro da cidade (principalmente na praça Onze e no antigo largo de São Domingos).



Ele poderia ser na fotografia o que foram, na literatura e no jornalismo, escritores como Lima Barreto, João do Rio e Melo Moraes.



Mas ninguém pode ser julgado pelo que não fez. O que Malta, o fotógrafo, nos legou já é o bastante para que todos nós não sejamos apenas admiradores do seu trabalho. Somos também muito gratos a ele.

Escrito pelo jornalista Sergio Cabral

A obra de Augusto César Malta de Campos, o fotógrafo Malta - Parte I

A obra de Augusto César Malta de Campos, o fotógrafo Malta, é estimada em mais de 30 mil fotografias. Quase todas elas registram mais de meio século da vida do Rio de Janeiro, pois Malta fez da vida carioca o grande motivo do seu trabalho.

Ao fotografar o Rio, fotografou o carnaval. Um carnaval que hoje não existe mais em razão das Modificações que a cidade vem experimentando através dos anos.


Malta manifestava uma grande preferência por uma forma carnavalesca muito cultivada até meados da década de 40: O Corso. 

                                                                                


Era a forrna encontrada pelas famílias de classe média para se divertirem e se exibirem no carnaval. Reuniam grupos fantasiados, geralmente com fantasias idênticas, cobriam os automóveis de confete e serpentina e percorriam a cidade em marcha lenta. 


Era urna forma carnavalesca de tanto prestigio que, em 1935, quando os dirigentes das escolas de samba pediram a Alfredo Pessoa, responsável pela então Diretoria da Prefeitura do Distrito Federal, para fazer o desfile das escolas na avenida Rio Branco, não foram atendidos. 



— O lugar de vocês sempre foi a praça Xl. A avenida Rio Branco é reservada para os corsos — foi a resposta de Alfredo Pessoa.


 

Bastariam as fotografias dos corsos para que essa exposição fosse de substancial importância histórica. Mas o nosso Malta (1864-1957) registrou também os tipos individuais de rua, aspectos da cidade e até um banho de mar à fantasia realizado na praia das Flechas, em Niterói, onde, aliás, residia.

 

Se alguma falha existe na maravilhosa obra de Augusto Malta é a ausência de fotografias do carnaval mais popular, realizado nos subúrbios ou no centro da cidade (principalmente na praça Onze e no antigo largo de São Domingos).

 

Ele poderia ser na fotografia o que foram, na literatura e no jornalismo, escritores como Lima Barreto, João do Rio e Melo Moraes.

 

Mas ninguém pode ser julgado pelo que não fez. O que Malta, o fotógrafo, nos legou já é o bastante para que todos nós não sejamos apenas admiradores do seu trabalho. Somos também muito gratos a ele.

Escrito pelo jornalista Sergio Cabral

Ligação entre as Galerias do Tunnel João Ricardo


Foi feita no dia 24 de Dezembro ultimo, com toda a solenidade, a ligação entre as duas galerias do tunnel João Ricardo, estabelecendo-se 2 communicação entre as ruas João Ricardo à rua Dez do Caes do Porto.

A ultima descarga, em que foram empregados cerca de 60 kg de dynamite foi dada pelo Presidente da Republica Epitácio Pessoa por meio de uma ligação electrica.


A obra tem grande alcance principalmente sob o ponto de vista da viação publica e commercial. Tem o tunnel 270 m dos quaes 85 m 93 foram abertos ainda na Administração Frontin e 184 m 07 na actual administração do prefeito Sá Freire.




É o tunnel mais extenso e mais largo do Rio, tendo entre pés direitos, a largura de 13 m 20. Durante a administração do Dr. Paulo de Frontin foras as obras dirigidas por uma commissão de oito engenheiros, tendo como chefe o Dr. Mario Bello.


Na administração Sá Freire, as obras passaram para a Directoria de Obras da Prefeitura, sendo chefe das mesmas, o Dr. Marques Porto que teve como ajudante o Dr. Romeu de Sá Freire.


A inauguração foi feita com todo o successo havendo o Sr. presidente da Republica, Prefeito, Ministros e grande número de pessoas que compareceram à brilhante solemnidade, atravessado o tunnel de uma extremidade à outra depois da explosão

Transcrito na íntegra e sem correções ortográficas da Revista Careta de 3 de Janeiro de 1920.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Um Pouco do Rio de Janeiro de Hontem - Parte III

É sempre muito bom recordarmos o nosso querido Rio de Janeiro de Outrora, o nosso mui amado Rio de Janeiro de Hontem!

Vamos passear um pouco por Antigas Fotos da Nostálgica Cidade do Rio de Janeiro - a Cidade Maravilhosa!

Recordar é Viver e se Emocionar! 



 Imagem 13 ==> Largo do Machado - Catete -  Década de 1930!


 Imagem 14 ==> Rua Navarro - Catumbi -  Ano de 1928!


 Imagem 15 ==> Praça Saens Peña - Tijuca - Zona Norte -  Década de 1950!


Imagem 16 ==> Largo do Machado - Rua do Catete -  Ano de 1906!
 

Imagem 17 ==> Rua do Catumbi - Zona Norte -  Ano de 1939!


Imagem 18 ==> Aléia de Palmeiras na Rua Jardim Botânico -   Década de 1880!

Um Pouco do Rio de Janeiro de Hontem - Parte II

É sempre muito bom recordarmos o nosso querido Rio de Janeiro de Outrora, o nosso mui amado Rio de Janeiro de Hontem!

Vamos passear um pouco por Antigas Fotos da Nostálgica Cidade do Rio de Janeiro - a Cidade Maravilhosa!

Recordar é Viver e se Emocionar! 


Imagem 07 ==> Praça Floriano Peixoto - Cinelândia  - Década de 1950!


Imagem 08 ==> Pedra da Gávea - São Conrado  no Ano de 1932!

Imagem 09 ==>As Palmeiras do Jardim Botânico no Ano de 1890!


Imagem 10 ==> Incêndio no Prédio da Associação dos Empregados do Comércio - Avenida Central  no Ano de 1915!


Imagem 11 ==> Avenida Rodrigues Alves - Cais do Porto  no Ano de 1937!


Imagem 12 ==> Praia de Copacabana - Avenida Atlântica  no Ano de 1938 / 1939!

Um Pouco do Rio de Janeiro de Hontem - Parte I

Um Pouco do Rio de Janeiro de Hontem - Parte I

É sempre muito bom recordarmos o nosso querido Rio de Janeiro de Outrora, o nosso mui amado Rio de janeiro de Hontem!

Vamos passear um pouco por Antigas Fotos da Nostálgica Cidade do Rio de Janeiro - a Cidade Maravilhosa!

Recordar é Viver e se Emocionar!


Imagem 01 ==> Jovens Estudantes no Relógio da Glória no Ano de 1920


Imagem 02 ==> Avenida Rodrigues Alves na Década de 1940


Imagem 03 ==> Avenida Niemeyer na Década de 1920
 

Imagem 04 ==> Avenida Presidente Vargas no Ano de 1953


 Imagem 05 ==> Avenida Central no Ano de 1905 - Ainda em Construção.


Igreja de Nossa Senhora do Carmo - Rua Primeiro de Março no Ano de 1920.

 

O Humor sutil e inteligente da Revista Fon Fon

Uma das mais marcantes características das Revistas Fon Fon era seu humor sutil e, por deveras, inteligente.

Temos aí um perfeito e adequado exemplo!

---- E esta! Um preto montado num burro branco!

---- Ué! Quem manda o branco ser burro!

O Soneto do Automóvel

O Soneto do Automóvel - Publicado na Revista Fon Fon de 1907

 

Salve-se quem poder! Arreda! Arreda!

Vim de automovel para chegar cedo

e ei de tudo levar de queda em queda

Pois de tudo saber trago o segredo


Ao espírito e á graça bato moeda

E levo a vida toda de brinquedo

De tudo revelar ninguem me véda

E de tudo dizer não tenho medo!


Na cidade não ha quem me anteceda

Poe essas avenidas enveredo

De dia ou pela noite muda e queda.


Não minto nem aos outros arremédo

Trago aos dedos um látego de seda

E eis feito o meu programma, eis o meu credo.

 

Transcrito na íntegra sem correções na grafia da época.

 

Instantaneo Eleitoral de 1907

Instantaneo Eleitoral de 1907

Originalmente publicado na Revista Fon Fon de 1907

 

E vem de molde, a calhar, o applauso sincero do Povo Carioca à delicia que foi a phantasia das ultimas eleições municipaes.

Foi mesmo uma cousa phantastica. Dos 3.459 1/2 candidatos a intendentes foram eleitos ... todos sem distinção de côr (com perdão do Sr. Monteiro Lopes) e nem de partido.

Um delles representa até a vontade legitima dos eleitores municipaes --- é a administração do cemiterio.



A sua eleição caracterisa bem o systema de votação phostuma, em tão bôa hora implantada nas nossa instituições pela celebres gente da geometrica zona eleitoral do triangulo.

A divisa de S.S. nos actos publicos será naturalmente:

Cada um enterra seu pae como pode e desenterra os seus eleitores como quer.

Esse pequeno accrescimo é indispensavel aos nobres sentimentos de gratidão de S.S.



E por este systema rapido de votação phostuma, estão eleitos varios candidatos ... que se vão transformar nos mais legitimos inimigos dos credores por serem os representantes directos e inconfundiveis de todos os cadaveres.

Em paz e às Môscas.

Transcrita, sem correções, com a grafia da época!