sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Sede do Supremo Tribunal Federal no Rio de Janeiro de 1912.


Numa publicação da Revista FON FON de 1912, portanto há, exatos 103 anos atrás, selecionamos uma imagem bastante interessante e ainda inédita para mim.

E no Rio de Janeiro de 1912, apresentamos um flagrante do Supremo Tribunal Federal. 

Ao lado temos a Biblioteca Nacional e ao fundo o saudoso Morro do Castello. 

O CCJF ou Centro Cultural da Justiça Federal na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro, situa-se em um edifício histórico que já abrigou a antiga sede do Supremo Tribunal Federal. No local existe café bar, locais para exposições e instalações temáticas.

O Centro Cultural da Justiça Federal apresenta basicamente três atrações principais sendo estas abrangem diferentes gostos e enfoques.

Para quem aprecia arquitetura, construção e história, o prédio que por longos anos abrigou o Supremo Tribunal Federal é interessante por sí só por sua arquitetura, onde pode-se um dos edifícios da primeira geração de prédios da Av. Central atualmente chamada Av Rio Branco. 

O edifício localiza-se ao lado Biblioteca Nacional e também muito perto do Museu Nacional de Belas Artes e Teatro Municipal, prédios estes também construídos na mesma época do antigo edifício do Supremo Tribunal.

Para quem é da área de justiça, advogado ou estudante, pode-se entrar em um local e visitar um plenário onde já estiveram as maiores figuras do direito brasileiros, juristas, advogados e juizes.

No local existe também uma sala com mostra audio-visual acerca do desenvolvimento da justiça no Brasil e uma exposição temática também com recursos audio-visuais interativos, chamada Sala das Togas, onde são vistos modelos em tamanho real de famosos juristas do passado vestindo togas de diferentes épocas com muitas informações.

Além das atrações inerentes à arquitetura do edifício e também ao ambiente cultural ligado ao direito, o Centro Cultural da Justiça Federal disponibiliza espaço para mostras e exposições de artes e fotografias.

O local conta também com um aconchegante café-bar e também biblioteca, que pode ser usada mediante requisição, provavelmente prévia.

 
O Antigo Edifício do Supremo, Sua Arquitetura e História
 
Talvez seja o último ou um dos uúltimos edifícios ainda em pé projetados pelo arquiteto Adolfo Morales de los Rios, um arquiteto muito em voga nos primeiros anos do século, quando se encontrava no auge da preferência da época a arquitetura eclética.

O prédio projetado em 1905, foi terminado em 1909, tendo sido originalmente projetado para ser o Palácio Arquiepiscopal, entretanto o Cardeal do Rio naquela época, provavelmente o Cardeal Arcoverde, resolveu que o local talvez não seria o ideal para abrigar um edifício com tais funções. Assim outra construção de proporções palacianais, porém bem maior e mais imponente foi erguida no bairro da Glória, palácio este que continua como uma das belas construções do bairro da Glória.

Uma vez que o prédio da Av. Central (atual Rio Branco) tornou-se disponível, este foi comprado pelo governo brasileiro para então instalar no local o Supremo Tribunal Federal, quando o Rio de Janeiro era a capital da República.


Uma vez que o edifício teria nova função, foram feitas modificações na arquitetura como acréscimo de mais um andar, coroamento e cúpulas simétricas que são interligadas por um ático.

Fazendo um balanço geral do edifício em sua forma final, segundo comentários e referências, o edifício alude ou tem por referência um estilo de edificações pontifícias da renascença ou renascentistas.

Entre os pontos altos do edifício, chama especial a escadaria em ferro, típica do início do século 20, e seu grande vitral com alegoria da justiça, vitral este que se abre para os patamares da escadaria, iluminado por trás através de um vão com claraboia. Outro ponto alto é sala do plenário ou sala do júri, com seu mobiliário de madeira, vitrais e principalmente o teto feito em estuque pintado e ricamente decorado.
  
Esse é o Rio de Janeiro Antigo. O que temos aí é a nossa Cidade Maravilhosa de Sempre.

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