Numa publicação da Revista O Malho de 1908, portanto há, exatos 108 anos
atrás, selecionamos duas imagens bastante interessantes e ainda
inéditas para mim.
O Rio do Janeiro, como todos os grandes centros, possue um enxame de garotos, uns, do estofo do celebre Govroehe, de Victor Hugo; outros, menos espertos e inteligentes, mas nem por isso menos nocivos á pacatez habitual da burguezia.
Um d'estes o celebre Sestroso, que o leitor aqui vê, sentado.
Ha dias percorria elle a Avenida Central, soltando palavradas cabelludas, que obrigaram o guarda civil a intervir.
Sestroso julgou indebita essa intervenção, por attentatoria contra sua liberdade de exprimir o pensamento; e, á ordem de prisão que lhe foi dada, sentou-se em pleno asphalto, protestando e dizendo :
— Só vou carregado.
Os guardas civis fizeram-lhe a vontade, e lá foi o garoto Sestroso para a delegacia, agarrado pelas pernas o pelos braços, e fazendo um escarcéo medonho, o que lhe valeu grande acompanhamento do curiosos, alguns até de gravata bom lavada...
( transcrito na íntegra, sem correções ortográficas da Edição da Revista O Malho de 15 de Junho de 1907)
Esse é o Rio de Janeiro Antigo. Essa é a nossa Cidade Maravilhosa de Sempre.
O Rio do Janeiro, como todos os grandes centros, possue um enxame de garotos, uns, do estofo do celebre Govroehe, de Victor Hugo; outros, menos espertos e inteligentes, mas nem por isso menos nocivos á pacatez habitual da burguezia.
Um d'estes o celebre Sestroso, que o leitor aqui vê, sentado.
Ha dias percorria elle a Avenida Central, soltando palavradas cabelludas, que obrigaram o guarda civil a intervir.
Sestroso julgou indebita essa intervenção, por attentatoria contra sua liberdade de exprimir o pensamento; e, á ordem de prisão que lhe foi dada, sentou-se em pleno asphalto, protestando e dizendo :
— Só vou carregado.
Os guardas civis fizeram-lhe a vontade, e lá foi o garoto Sestroso para a delegacia, agarrado pelas pernas o pelos braços, e fazendo um escarcéo medonho, o que lhe valeu grande acompanhamento do curiosos, alguns até de gravata bom lavada...
( transcrito na íntegra, sem correções ortográficas da Edição da Revista O Malho de 15 de Junho de 1907)
Esse é o Rio de Janeiro Antigo. Essa é a nossa Cidade Maravilhosa de Sempre.
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