terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O Pavilhão Monroe será o maior d'entre todos os estrangeiros

O Pavilhão Brazileiro será o maior d'entre todos os estrangeiros


Dos governos que pretendem comparecer à exposição Universal, nenhum terá mais notavel representação do que o Brazil relativamente ao edifício de seu pavilhão nacional.

Aquella Republica sul-americana vae decidamente revelar ao mundo seus progressos e sua prosperidade, pela sua coparticipação no grande certame internacional.

Os trabalhos do pavilhão começaram na semana passada; os planos e contractos foram combinados por tal modo, que a construcção definitiva será executada em curto periodo. Excluindo a mobilia interna, só o edifício custará cerca de cerca de 130.000 dollars, a maior somma despendida por outro qualquer estado para esse fim, com excepção do Missouri.

Dos paizes que concorrem á Exposição, o Brazil é o único, para cujo pavilhão os desenhos foram traçados pelo proprio commissario geral, coronel Francisco de Souza Aguiar, que concebeu a idéa da estructura, levantou as plantas, e entregou-as a um architecto de São Luiz, afim de encarregtar-se da construcção.


O coronel Aguiar veio com sua familia para São Luiz há alguns mezes, montou casa e estabeleceu residencia entre nós. Todo o seu trabalho relativo ao edifício foi realizado em São Luiz. Revestido pelo seu governo de todos os poderes necessários, entregou-se sem demora ao desempenho de sua tarefa.

A Companhia da Exposição. está satisfeitissima com o resultado do trabalho do coronel Aguiar. Ninguem acreditava que uma nação da América do Sul fizesse tal successo, na área fornecida aos governos estrangeiros.

Seus planos foram adoptados sem a menor modificação, e foi-lhe concedido todo o espaço requerido para executal-os.

O constructor, W. Detternv, é tambem o artrchitecto do pavilhão chinez.

O edificio é modelado em linhas severamente correctas, com a parca ornamentação necessaria para exprimir o espirito decorativo caracteristico da America do Sul, como um elemento perceptivel da Escola Hespanhola de Architectura, que suavisa as linhas severas dos zimborios e das columnatas.



St. Louis Republic, 22 – 11 – 1903.

Transcrito na íntegra, e sem correção ortográfica, da Revista Kosmos de 1904

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