sábado, 17 de outubro de 2015

O Theatro Lyrico, no Rio de Janeiro de 1917

Numa publicação da Revista CARETA de 1917, portanto há, exatos 98 anos atrás, selecionamos uma imagem bastante interessante e ainda inédita para mim.

E no Rio de Janeiro de 1917, apresentamos a fachada do Theatro Lyrico em dia de sessão Cívica.

Esse Theatro, infelizmente, não existe mais, foi demolido em 1934.


Era na Rua da Guarda Velha, 10. Atualmente é a Rua Treze de Maio.

Leia Mais sobre ele: 

Por despacho imperial de 1875, o Theatro D. Pedro II passou a chamar-se Theatro Imperial D. Pedro II até 1890. Nesse ano, em 25 de abril, passa a chamar-se Lyrico, nome pelo qual se tornou mais conhecido. Antes, porém, de ser Theatro D. Pedro II havia sido Circo Olympico em 1857.

Com uma Cia Eqüestre contratada em Buenos Aires, pelo empresário Ducci, foi o teatro reinaugurado como o nome de Lyrico.



Características físicas:

Fachada: Luiz Edmundo descreve o teatro como "o melhor teatro da cidade é o Lírico, uma ruína dourada, mostrando uma reles entradinha de ladrilhos, cercada de espelhos muito velhos, muito sujos, muito enodoados e uns porteiros de apresentação grotesca..."

Sabe-se que o Lyrico era um teatro era um teatro grande - ía até a encosta do Morro de Santo Antônio - com dois pavimentos. Na frente, havia uma porta central com 4 bandeiras no térreo, e no pavimento superior, em cima dessa porta, um conjunto de 5 janelas francesas, em arco, com sacadas de ferro batido. De ambos os lados dessas janelas, uma sacada aberta seguida de duas janelas francesas de cada lado. Na fachada lateral, havia no 1o. pavimento, 5 janelas francesas com sacadas de ferro batido.

Interiores: a sala principal era toda pintada de branco e ouro e descrevia a forma de uma ferradura.

Em torno das cadeiras, encostada à platéia, corria uma espécie de estrado, fechando uma balaustrada para o lado da sala de espetáculos, à qual ficava superior... entalhavam-se no mesmo arco da boca de cena, precedido de uma sala de repouso mais 6 camarotes.
A Tribuna Imperial erguia-se sobre a porta principal da entrada, rematando na altura do teto e ocupando a largura de 4 camarotes. 

Esse é o Rio de Janeiro Antigo. O que temos aí é a nossa Cidade Maravilhosa de Sempre.

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