O Soneto do Automóvel
O Soneto do Automóvel - Publicado na Revista Fon Fon de 1907
Salve-se quem poder! Arreda! Arreda!
Vim de automovel para chegar cedo
e ei de tudo levar de queda em queda
Pois de tudo saber trago o segredo
Ao espírito e á graça bato moeda
E levo a vida toda de brinquedo
De tudo revelar ninguem me véda
E de tudo dizer não tenho medo!
Na cidade não ha quem me anteceda
Poe essas avenidas enveredo
De dia ou pela noite muda e queda.
Não minto nem aos outros arremédo
Trago aos dedos um látego de seda
E eis feito o meu programma, eis o meu credo.
Transcrito na íntegra sem correções na grafia da época.
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